Bom dia, amigos/as, leitores/as
Hoje quero falar convosco sobre a importância de programar os nossos dias.
Foram muitos os dias que ao acordar me sinta sem um rumo, a falta de direção esmagava-me contra
os lenções sem me permitir sair com agilidade da cama.
Esta sensação manteve-se durante demasiado tempo e foi este mesmo tempo que me levou a compreender que o que estava a acontecer na minha vida era o resultado da falta de programação. Ao trabalhar por conta própria, sem ter obrigatoriedade de horários, nem objetivos para cumprir, por não ter de dar explicações a ninguém acabei por perder o rumo, ao esquecer-me da importância de programar os meus dias.
Os meus dias iam à deriva, consoante a maré, a organização da casa e do trabalho diário era feito à base de tropeços e sem grande vontade. Nesta altura estava triste e desanimada, tinha tendência a desvalorizar cada movimento que fazia e perguntava-me constantemente se realmente queria fazer o que estava a fazer, cheguei mesmo a atribuir a responsabilidade da minha falta de motivação ou do meu fracasso às pessoas que me rodeavam.
Na minha mente existia uma espécie de nevoeiro que não me permitia focar no problema para resolvê-lo e sair desse estado.
E assim foram passando os dias, o facto de não ter nenhum tipo de rotina no trabalho, não sendo algo obrigatório, visto que não tinha chefes, nem ninguém que pudesse decidir o que fazer e quando fazer, sem qualquer tipo de pressão aliado à minha incapacidade para me autogovernar fez com que este sentimento de tristeza e baixa autoestima fosse crescendo em mim.
Acho por bem contar a minha experiencia porque talvez algum de vocês possa estar a passar pela mesma situação e se sinta identificado, quero que saibam que só há uma solução para este problema, a programação! A partir do momento em que comecei a programar os meus dias, a andar de mão dada com a minha agenda, este sentimento foi desaparecendo.
Antes de começar a programar os meus dias tive um período de reflexão, uma conversa comigo mesma, para restabelecer os laços de união com a pessoa que sou e a que ansiava ser. Isto quer dizer que tive de descobrir quem quero ser ou no mínimo relembrar-me disso.
Para começar peguei numa folha e escrevi não como me vejo hoje em dia, mas sim as qualidades que que queria que formassem parte dos meus dias, que tipo de pessoa desejo, como quero vestir, como quero comer, que tipo de coisas gosto e quero fazer (por exemplo: gosto de estar com pessoas, trabalhar em grupo, pintar, etc.), quais os meus principais valores, entre outros fatores importantes que me levassem à melhor descrição possível de mim mesma e por isso, dos tipo de dias que precisava para estar feliz e realizada.
Foi então, a partir desta lista de parâmetros que elaborei a programação dos meus dias, de forma que os mesmos
fossem de encontro com a pessoa que eu quero ser.
No final percebi que teria de trabalhar em vários sectores da minha vida ao mesmo tempo (família, casa, saúde, trabalho e aprendizagem) e que ao fazê-lo os meus dias teriam mais sentido, as manhãs apesar de mais ocupadas seriam mais leves, pois a minha vontade de acordar e sair da cama seria maior, visto que cada dia seria uma nova oportunidade para me tornar na pessoa que quero ser e é esse sentimento de crescimento que me leva a estar feliz e
a sentir-me realizada.