Viver com plena consciência é o caminho para a felicidade

Olá, amigas/os, leitores,
Hoje quero partilhar convosco um pouco da minha tarde de ontem, a que quero dar o nome de:
“Despertar Vs Apreciar e Viver Feliz”

Julia Labrador disfrutando de los dias que la vida me regala

Já há tempos que penso em quem sou, em quem quero ser e o mais difícil como consegui-lo, quero
contar-vos um pouco sobre como consigo.

Numa destas tardes depois de tratar do meu jardim, o meu marido e a minha filha chegaram a casa depois de andarem a regar as alfarrobeiras que plantamos este ano, visto que ainda não temos o sistema de rega montado.

 Sentados à mesa, eu estava a tomar o meu café e a olhar pela janela com o olhar perdido, cansada depois de andar no jardim. 

O meu esposo perguntou-me no que estava eu a pensar para estar tão calada, nesse momento percebi que a minha cabeça estava a falar comigo, mas
não da forma mais positiva,
já estava a pensar em coisas que me aborreciam, para sair dessa linha de pensamentos respondi “estou a pensar no que vou fazer agora visto que já tratei do jardim”, ao ouvir-me dizer isso a minha filha convidou-me a ir com eles acabar de regar. Confesso que não era o que mais
me apetecia naquele momento, mas sem pensar duas vezes preparei-me para ir com eles e claro com o resto dos ajudantes, os nossos cães.

A primeira paragem que fizemos foi na horta, para carregar água num bidão de 1000l e depois disso, teríamos de ir a vários dos terrenos encher o resto dos bidões que tínhamos espalhados. 

Saímos do primeiro terreno e mais do que ajudar o meu esposo e a minha filha, estive a ajudar os nossos cães, visto que adoram roer alfarrobas, então andei à procura para lhes dar, entre conversas e risadas pela loucura deles com as alfarrobas o tempo passou e fomos para o segundo terreno. 

Foi quando cheguei a este terreno que houve um grande despertar dentro de mim, ou seja, onde me apercebi da beleza da vida que vivo.

Este momento tambem foi magico com a minha filha Maria aproveitando os ultimos raios de sol

Este terreno é grande e o bidão de água está no ponto mais alto, visto que dessa forma pode regar-se por desnível. 

O terreno tem muita inclinação e faz uma espécie de V, sendo que a junção do V é a zona mais baixa, sai da carrinha nesse ponto já que com tanta inclinação tinha medo de subir aquela inclinação toda.

 Decidi esperar que eles fossem encher o bidão, sentada na sombra de uma alfarrobeira, vi-os a descer e a subir, com os cães na caixa da carrinha como se fossem em festa, a ladrar, felizes por estarem ali. 

Quando pararam a carrinha para os cães descerem, vi como cada um deles corria para o seu lado, o meu marido e a minha filha preparavam as mangueiras para encher o depósito e ao longe consegui ouvir como conversavam e se picavam um ao outro no meio de risadas, nesse momento vi como a Dolly, uma das minha cadelas, começou a ladrar e a correr para mim, foi só nesse momento que os meus cães perceberam que eu estava ali, a Nela, o Pluto, o Tata, a Milka e a Luna começaram a correr para mim e eu apenas conseguia rir por eles não terem percebido que era eu.


O Pluto e o Tata chegaram logo a pedir festas, claro que comecei a acariciá-los, o Tata pouco tempo ficou ali, começou logo a correr para qualquer outro lado. No meio disto, vi como a Nela se deitou ao pé de uma alfarrobeira à sombra e nesse momento ouço as risadas da minha filha, tanto quanto os
pássaros a cantar.
O dia estava calmo, observei que tudo era lindo na paisagem, ver a cumplicidade da minha filha com o pai a trabalhar, vi como as minhas cadelas desfrutavam, a Dolly, a Nela e a Lazy, cada uma deitada na sombra da sua alfarrobeira.

 A Luna, o Pluto e o Tata a correr e a brincar, a Milka a perseguir o meu marido. 

Naquele momento só conseguia pensar na sorte que tinha, por poder viver naquela paz, na sorte que tinha por ver tanta beleza por poder ouvir os pássaros a cantar. 

Quando acabaram de encher o bidão e regressaram para encher o que estava deste lado onde eu tinha ficado, a Laura reparou que estava a correr pouca água, o pai pediu-lhe para meter a carrinha mais para a frente e aí a mangueira escapou, entre risos, gritos e muita água lá conseguimos devolver a mangueira ao seu sítio, desfrutei daquele momento como se estivesse no destino de férias mais desejado.

Partilhar esta vivença convosco é um prazer pois enquanto conto o dia incrível que tive, parece que ainda lá estou e por vezes é só disso que precisamos.

É necessário despertar, sermos gratos por podermos partilhar momentos em família, por ver, sentir e formar parte de tanta felicidade. Ter a possibilidade de desfrutar destes momentos que já não voltam mais, viver com plena consciência de que a felicidade são momentos de lucidez e gratidão dentro dos
nossos dias.